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[1-Imagem-1-Aventura] O altar de sacrifícios no vale dos Dragões

  • Foto do escritor: Diego Azevedo
    Diego Azevedo
  • 27 de mai. de 2017
  • 2 min de leitura

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Eles conseguiram atravessar a densa e primitiva floresta, e finalmente nossos aventureiros podem ver uma paisagem a céu aberto. Poderiam respirar fundo e se sentir aliviados, se o que estivesse diante deles não fosse tão impetuoso, grotesco e aterrador. O céu azul com limpas nuvens brancas estava governado por uma horda de incontáveis répteis alados, pequenos dragões, com certeza. No fundo da paisagem, imensas e intocadas árvores cercavam a tudo e a todos em um cerco rigorosamente delimitado por suas raízes. O descampado onde se encontravam os aventureiros parecia, paradoxalmente, o verdadeiro intocável. Haviam ruínas de pedra expondo o que um dia foram muralhas, mas era no centro disso tudo que estava o grande perigo, e para a infelicidade dos aventureiros, era onde também estava seu objetivo final. No centro, uma solitária e enorme criatura, que mais parecia feita de imensas raízes e caules, se erguia do próprio solo. Sua pele era esverdeada e suas asas mais pareciam grandes folhas. É como se o sangue elemental da própria terra corresse em suas veias. Se algum aventureiro duvidou se aquilo era uma criatura ou uma enorme planta em movimento, quando viu aquela coisa serpentear cautelosamente com sua cabeça e grunhido inconfundíveis, logo teve certeza, se tratava de um terrível dragão. Era mais que óbvio, tão imensa criatura só podia ser quem governava aquela floresta, e a terra daquele lugar, bem como tudo que dela florece, decidindo o que vive, o que morre, o que se move, o que permanece,e claro, como todo mesquinho dragão, demandando e cobrando seus valiosos tributos. Logo a frente daquele terrível dragão, estava sua vítima, seu tributo, e o objetivo dos aventureiros. Amarrada em um tronco fincado na terra, estava uma mulher despida, mas de longos cabelos negros que cobriam parte de seu corpo. De cabeça baixa, ela estava a espera do fim, sem esperanças de uma mudança em seu destino. O grande dragão serpenteava seu tributo de uma certa distância, e com certo desdém. Parecia avaliar se aquilo era suficiente para sua grandiosidade, e de longe circulava cautelosamente a presa. Se decidisse avançar, teria alcance suficiente para uma mordida penetrante e fatal. Mesmo se a pobre moça estivesse solta e armada, só de estar ali já parecia suicídio. Os aventureiros observavam tudo se achando em furtiva segurança, mas ao mesmo tempo lembravam em desespero de sua missão. Quem era e o que representava aquela mulher passava pela suas cabeças. O que aconteceria se eles falhassem era aterrador, mas certamente eles sabiam muito bem, e rememoravam naquele momento crucial. Um enorme dragão estava prestes a consumir sua presa, e eles se entreolhavam desesperados, mas seus olhares já comunicavam uma pergunta essencial: O que vamos fazer?



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